terça-feira, 2 de abril de 2013

Ficou excelente!... Pra quem?


14 anos; era essa a minha idade quando oficialmente comecei a me envolver diretamente nos trabalhos eclesiásticos. Teatro, música, juventude, basicamente foram essas as áreas nas quais me alistei, sendo instruído desde sempre a “buscar a excelência” em tudo que fizesse, pois, pelo menos em tese, “era pra Deus”.

O discurso, o qual até hoje estive de acordo, sempre foi fundamentalmente o mesmo: “O mundo sempre procura fazer o melhor, nós também devemos fazer”; ainda que não sejam exatamente essas palavras, esta é a ideia fundante dos discursos que se derivam em torno desta questão.

Há algum tempo tenho me perguntado: O que é excelente para Deus? Os padrões de excelência do mundo são os mesmo do Reino? Busco o excelente para Deus ou para mim mesmo?

Ainda que eu concorde que, tendo a disposição recursos e pessoas, devemos sim buscar fazer o melhor, tenho entendido (não por mim mesmo, mas pela graça de Deus e instrução do Espírito Santo) a excelência na obra de Deus por outro ângulo, tendo por base o seguinte texto:

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.” (1Co. 10:31)

O que entendo hoje é que, se quisermos fazer algo excelente, o nosso foco deve estar em fazer para a glória de Deus. Se queremos uma peça de teatro excelente, não importa se teremos a nossa disposição um elenco profissional e um cenário espetacular ou apenas uma cadeira e duas pessoas que mal conseguem decorar um texto, a despeito destas coisas, creio que haverá excelência se fizermos para a glória de Deus. Se buscamos um período de louvor com cânticos feito com excelência, acredito que canções entoadas a capella (não por técnica, mas por falta de recursos mesmo) não são menos excelentes que 10 instrumentistas e um coral completo, se estas canções forem entoadas para a glória de Deus.

Infelizmente, somos uma geração marcada pela busca incessante de emoções e sensações cada vez mais fortes; cada vez mais as igrejas tem de se contorcer em ideias mirabolantes para prender a atenção das pessoas a atraí-las para seu rol de membros. Não serei hipócrita e dizer que não gosto de ouvir uma música bem tocada e cantada, é claro que gosto (quem não gosta?), mas ao ler sobre os cristãos ao longo da história, vejo que eles não dispunham de tantos recursos, e nem por isso deixaram de desenvolver seus ministérios com excelência.

Por que julgamos que um culto que tenha apenas dois hinos entoados e uma pregação fiel da Palavra seja menos excelente que um culto que tenha dezenas de músicas tocadas com maestria, além da presença de um pregador “pop”? Temo que a busca por excelência tenha se tornado em busca por sensações e vanglórias, temo que a produção de eventos tenha tomado o lugar do culto a Deus, temo que a busca pelo prazer momentâneo tenha usurpado o lugar da sede pela Palavra nos corações dos professos cristãos de hoje.

Que sejamos constantemente lembrados de que a excelência na obra de Deus não está em fazermos aquilo que achamos que é o melhor segundo os padrões deste mundo, mas sim em fazermos todas as coisas segundo a Palavra de Deus e única e exclusivamente para a Sua glória.

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sábado, 1 de dezembro de 2012

Vai sem título mesmo!


“E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt. 22:39)

Se tem algo que deveria ser escrito ou falado em línguas estranhas é essa passagem, porque, sinceramente, isso sim é mistério. (Isso era pra se uma piadinha rsrs...)

Uma das coisas maravilhosas que há na obra do Espírito Santo em nós, é a forma como Ele transforma o nosso coração, e nos capacita, gradualmente, a entender verdades bíblicas e a viver, ainda que com falhas, em função da nossa condição de pecadores, os ensinamentos de Cristo. Humilhado e constrangido pela grandeza da pessoa de Cristo e pelo Seu inexplicável amor, quero compartilhar o que Ele, por este mesmo amor, tem me ensinado de maneira graciosa, e disciplinadora, de uns tempos pra cá.

Como amar o próximo como a nós mesmos? Creio que o primeiro passo (não prometo que escrevei outros rsrs...) para isso seja entendermos profundamente qual é a nossa condição. A Bíblia nos diz que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm. 3:23), ou seja, todos os homens estão sob o domínio do pecado, todos possuem uma natureza corrompida que os impossibilita de se achegar a Deus, e os torna carentes Dele. Qual seria a nossa condição então, ainda que crentes, membros de uma igreja, líderes de ministério? Somos todos pecadores! Não acredito que alguém dirá o contrário.

Charo Washer, dando o testemunho sobre sua conversão, contou que quando o Espírito Santo atuou em seu coração convencendo-a do seu pecado, como Cristo disse que Ele faria (Jo. 16:8-11), ela estava vendo uma prostituta passando pela rua, e percebeu que não havia nada em si mesma que a fazia melhor ou pior do que aquela outra mulher; ela entendeu que, mesmo não tendo cometido os mesmos pecados da prostituta, ela também era uma pecadora e, portanto, carente da glória de Deus.

Essa é a nossa condição. Não somos melhores nem piores do que os não-crentes, tão pouco melhores ou piores do que os nossos irmãos em Cristo. Somos pecadores e carecemos da glória de Deus.

Quais as implicações de entendermos isso? Em primeiro lugar, o padrão a ser seguido pelo crente é tão somente Jesus; ainda que possamos ter homens e mulheres de Deus como exemplo de santidade e devoção a Ele, o nosso exemplo maior e principal é Cristo. Eu não sou padrão de conduta para a humanidade, você não é, nenhum de nós somos modelo de justiça e santidade, pois todos pecamos e carecemos da glória de Deus. Ainda que salvos, resgatados do pecado, regenerados, justificados, tendo o próprio Deus morando e agindo em nós, não podemos nos esquecer que o comportamento do nosso irmão, o pecado que ele pode vir a cometer, é tão possível nele como é possível em nós. Saber que tanto nós como nossos irmãos carecemos da glória de Deus, deve nos fazer ser humildes, e também pacientes e amorosos uns para com os outros, da mesma forma que Cristo foi, e é, para com cada um de nós, pecadores.

Paulo disse: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda humildade e mansidão, com longanimidade, SUPORTANDO-VOS UNS AOS OUTROS EM AMOR” (Ef. 4:1-2).

Amar o próximo como a nós mesmos é amar a partir do amor que Cristo nos oferece e nos ensina, e não a partir de um amor egoísta do tipo “eu sou o máximo”. O próprio Deus, O Santo, que abomina o pecado, nos amou e resgatou, o que teríamos nós de tão especial para não demonstrarmos amor por um irmão que está na mesma condição que a nossa, carente da glória de Deus? “Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e nãos agradar-nos a nós mesmos” (Rm. 15:1).

Não quero afirmar de forma alguma que devemos então, por amor, tolerar o pecado, muito antes pelo contrário, por amor, devemos receber o irmão que caiu, adverti-lo, em amor, e ajuda-lo a se levantar e continuar sua caminhada de fé, lembrando sempre que a erro é passível a todos. Ser forte na fé não nos torna superiores ao irmão que tropeça, mas mais capazes a ajuda-lo se fortalecer.

Nós, que cremos já termos sido salvos por Cristo e redimidos pelo Seu sangue (glória a Deus por isso!), temos o próprio Espírito Santo trabalhando em nossos corações e nos conformando à imagem de Jesus, mas ainda habitamos em um corpo carnal, no qual não habita bem nenhum (Rm. 7:18). Sendo assim, é preciso que, assim como Paulo, esmurremos nosso corpo, abrindo mão de todo sentimento de soberba e autossuficiência, e o reduzamos à escravidão para que, tendo pregado a outros, não venhamos a ser desqualificados (1Co. 9:27).

Ame ao Senhor acima de todas as coisas, e ame ao seu próximo como você é amado por Cristo e “o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus” (Rm. 15:5).

Inté+

ps: não consegui pensar num título! sério mesmo!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Ele chorou por você

“Jesus chorou” (Jo. 11: 35). Que o Senhor Deus me perdoe caso esteja eu falando alguma heresia, e retire do meu coração tais ideias que no momento me vêm à mente as quais quero compartilhar.

Esse versículo tão pequeno, aliás, é o menor da Bíblia, me leva a pensar em duas grandes verdades sobre Jesus e sobre Seu plano para salvar a humanidade. Em primeiro lugar, Cristo se compadece do nosso sofrimento; Jesus chorou ao ver o sofrimento e o luto de Maria e Marta, bem como dos judeus presentes ali. Isso revela que Deus não está apático àquilo que nos aflige, muito antes pelo contrário, Ele se compadece conosco; Ele é sensível o suficiente para chorar junto conosco. A Bíblia diz que Ele em tudo foi tentado nesse mundo (Hb. 4:15), Ele sabe o que passamos, e por isso pode se compadecer conosco.

Em segundo lugar, penso que também que esse versículo nos revela que Deus se compadece na nossa situação e condição de pecadores, do contrário Ele não teria um plano para nos salvar, Ele não teria enviado Seu filho (Jo. 3:16). Tanto Marta quanto Maria, disseram a Jesus que seu irmão não teria morrido se Ele estivesse lá, e dizem isto em situação de desespero. Cristo chora. E para mim, Cristo chorou, não só por compartilhar do sofrimento daquelas irmãs e pela morte de seu amigo, mas também por ver a condição da humanidade se Ele não tivesse vindo a terra, uma condição de desespero, perdição e morte.

A Bíblia revela que Jesus intercede em nosso favor, que Ele roga por nós (Jo. 17:20), bem como o Espírito Santo, que o faz com gemidos inexprimíveis (Rm. 8:26). Na cruz, Jesus disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc. 23: 34). Cristo veio ao mundo para cumprir o plano redentor do Pai, e é desejo Dele que todos sejam salvos (1Tm. 2: 3-4), mas talvez Ele tenha chorado, pois sabia que haveria aqueles que não iriam crer Nele, e que estariam condenados ao desespero e morte eternas.

Talvez, Deus, do Seu alto trono de glória e poder, hoje chore e lamente por aqueles que escolhem o pecado, por aqueles que se tornam rebeldes contra Ele; não porque Ele seja melindroso, mas porque Ele sabe o que o destino do pecador é a condenação e a morte, e não foi para a isso que Ele criou o homem.

Mas, depois do choro de Cristo, veio o cumprimento do que Ele disse à Marta no início da história: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente.” (Jo. 11: 25-26). Onde Jesus está há vida, pois ele a é. Se Ele está em nosso coração, então há vida em nós, e vida eterna, e a esperança do encontro com Ele na ressurreição. Confiados em Cristo e na Sua salvação, não há motivo para nos desesperarmos com a morte, pois ainda que morramos neste mundo, Ele há de nos ressuscitar para Sua glória.

Cristo sabe e compreende o quanto sofremos, por isso é o nosso Consolador; quem não crê nele está condenado, somente Nele encontramos vida e esperança, por isso é o nosso Salvador. Assim como chorou por Lázaro e com suas irmãs, Cristo chora conosco em nossas dores, e por nós quando caminhamos a passos largos para a morte.

inté + pro cês!...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mais que um contador de histórias

"Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde os ladrões escavam e roubam, mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." (Mateus 6:19-21)

Outro dia perguntei a um colega (que tem por costume uma intensa frequência em baladas, shown, bares, com episódios bem peculiares em boa parte dessas "saídas") o que ele vê como resultado desse estilo de vida, ou qual seria o lucro no final disso tudo, e este colega respondeu: "Pelo menos vou ter história pra contar por meus filhos e netos".

Pode parecer um exemplo bobo e simples, mas é exatamente por isto que muitas pessoas, não só do mundo, mas muitos membros de igreja, têm buscado: "histórias pra contar".

"porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (v.21)

Se o seu tesouro, se aquilo a que você dá mais valor e busca como objetivo último de suas ações é ter histórias pra contar sobre suas aventuras, seus feitos pessoais, suas conquistas, fica claro que seu tesouro é sua própria glória , logo seu coração está voltado para si mesmo e todos os seus desejos egoístas e , com isso, longe de Deus.

Não quero dizer que não devemos ter momentos de descontração com amigos, ou nos empenharmos na busca do sucesso e reconhecimento profissional, essas coisas têm seu lugar no decorrer de nossa vida. A questão está em avaliar quais têm sido as prioridades em nossa vida. Em Mateus 6:33 Jesus diz "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". Será que temos buscado primeiramente e essencialmente o Reino de Deus, o qual é eterno, ou temos feito da nossa vida uma busca incessante por prazeres e glórias terrenas, as quais se esvaem num piscar de olhos?

Agora você pode até estar pensando: "Nossa! Como este mundo está perdido buscando essas coisas!". Sim, é verdade, mas não pense que as palavras que Cristo deixou não se aplicam aos "crentes, batizados, membros ativos de igreja".

Quantas vezes você já ouviu, ou te mesmo disse a seguinte reclamação: "A gente trabalha, trabalha, mas ninguém reconhece"? Ou ainda, quantas pessoas você já viu agarradas a cargos de liderança e destaque na igreja, usando disso em favor das vontades próprias? Eu particularmente já vi e vejo isso constantemente, inclusive já estive entre estes que reclamam da falta de reconhecimento. Atitudes como estas revelam o quanto trabalhamos na  igreja buscando os tesouros terrenos, o quanto buscamos ser reconhecidos por homens, visando ter as tão preciosas "histórias pra contar". Tudo o que fazemos, só o fazemos porque o Pai assim nos permite, porém constantemente nos deixamos levar pela ideia que Deus age "por nós", quando na verdade é "através de nós". Somos meros instrumentos nas mãos do Criador. Se nosso coração estiver voltado às coisas que satisfazem ao nosso ego, podemos ser os crentes mais ativos da igreja, podemos encabeçar os mais grandiosos projetos, que tudo não passará de obras da carne, e cada passo que dermos por nós mesmos, será um passo na direção contrária à vontade de Deus.

O que creio que Jesus nos ensina com este texto de Mateus é consonante com o que Paulo diz em 1Coríntios 10:31 "Portanto, quer comais, que bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus". Tudo o que fizermos, seja na igreja, seja no lazer, seja na vida profissional, deve buscar unicamente glorificar ao Senhor, o qual, pela Sua graça e misericórdia, nos concede o privilégio de fazer.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Com que roupa eu vou?

O texto logo abaixo tá em Mateus 22:1-14. Intitulado (pelo menos na minha bíblia) como "A parábola das bodas", a primeira parte dessa passagem (considero que sejam os 7 primeiros versículos) trata prioritariamente sobre o que está escrito em João 1:11 "Veio para o que era seu, e os seus não o receberam". Mas quero me deter mais especificamente sobre a segunda parte.

"Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes. E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados. Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos." (Mateus 22:8-14)

O rei convidou a todos, qualquer pessoa que os servos encontrassem no meio do caminho tava dentro da parada!
Não é necessário divagar demais para entender que essa parte trata-se do convite que a nós é feito para participarmos do Reino de Deus, para caminharmos com Ele, e desfrutarmos da vida eterna que Ele preparou para nós. Eu sou convidado, você é, todos, apesar da nossa condição de pecadores e indignos, somos chamados a ter parte no Reino de Deus.

Em algum dia na história da nossas vidas, nós levantamos nossa mão ao final de um culto e dissemos: "Eu quero entrar nessa festa!". E a partir daí começou a nossa jornada "cristã". Talvez você, assim como eu, já tenha abraçado diversos ministérios na sua igreja, e tenha servido num ativismo esplendoroso em todas as atividades eclesiásticas, afinal uma festa precisa de agito não é não?! Errado? De forma alguma. Creio que a igreja é também um dos meios pelos quais podemos servir contínua e intensamente à obra do Senhor.

A questão é: enquanto participamos desta festa terrena, o que fazemos para sermos considerados dignos de participar da festa celestial? Estamos buscando nos vestir com vestes nupciais ou indo de qualquer forma esperando que o rei nos aceite?

Entendo que o final desta passagem, quando o rei expulsa o convidados por estar vestido adequadamente à ocasião, vem apontar diretamente para o evangelho frouxo que tem-se nos dias de hoje. "Ah! Deus me ama! Ele me chamou sem olhar como eu sou!" Não meu caro! Justamente por ver como você  é que Ele te chamou, pra poder transformar a sua vida. Somos pecadores, e como tal não temos direito ao Reino de Deus, mas mesmo assim Ele nos convida, pois pelo sacrifício de Cristo, somos justificados.

Paulo diz à igreja de Éfeso "no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano,... e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Efésios 4:22, 24). Vê? Nós não podemos continuar do jeito que estamos e participar do banquete do Rei. Precisamos ter "vestes" apropriadas para nos assentarmos à mesa com Ele, do contrário, por mais que achemos que temos nosso lugar guardado porque "sempre fui um crente participativo", estaremos a ponto de sermos lançado fora, tal qual o convidado da parábola. Jesus mesmo disse: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim os que praticais a iniquidade." (Mateus 7:21-23).

Paulo, o personal stylist do Reino nos ensina o que usar.

Em Colossenses 3:12: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade."

Em Efésio 6:13-18: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos coma verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomais também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus."

Existe um preço a ser pago se queremos realmente seguir a Deus, cumprir seus mandamentos, viver o Evangelho, e participar do Reino; e esse preço pode incluir renovar nosso guarda-roupa.

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

De graça só injeção na testa

Vamos pensar um pouco: a salvação nos é concedida gratuitamente, pela infinita e maravilhosa graça de Deus, mas na realidade houve um preço, um alto preço, o qual todos sabemos foi pago por Jesus. Uma vez crentes em Cristo e justificados pelo Seu sangue, não precisamos pagar o preço dos nossos pegados, porque Ele já o fez, mas isso não quer dizer que estamos totalmente isentos de qualquer sacrifício se quisermos realmente seguir a Cristo, e fazer valer o Seu sacrifício por nós. Sim, a salvação é de graça, mas vida com Deus não.

Em Mateus 7:14, Jesus diz: "Porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela."

Talvez você possa nunca ter tentado passar por algum lugar muito apertado, mas já deve ter visto algum filme ou seriado com um cena desse tipo. Como é passar por um lugar apertado? Geralmente desconfortável, extremamente difícil, pode machucar, exige que você se desfaça de coisas que te deixam "largo demais". Mais ou menos assim não é? Pois bem, o caminho para A Vida que Deus tem para nós também é assim. O que vemos hoje são igrejas, pregadores, ministérios de louvor, divulgando a vida cristã como um eterno mar-de-rosas: "Pare de sofrer!" "Venha e tome posse do que é seu por herança!" e por aí vai.
Deixa eu te dizer uma coisa: A Palavra de Deus diz "no mundo tereis aflições" (João 16:33), sendo assim, dizer que você nunca mais sofrerá porque resolveu seguir a Deus é uma grande mentira, é contradizer a Palavra de Deus, é chamar Deus de mentiroso. Herança?! Você não precisa ser um advogado para entender que herança é um direito garantido aos filhos, e não para qualquer um que aparece no dia da leitura do testamento.

Em Lucas 14:33, Jesus diz: "Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo."

Renúncia! Essa é a palavra! Caminhar com Deus exige o preço de esvaziarmo-nos de nós mesmos, de nossas vontades, dos desejos do nosso coração, os quais sabemos que de acordo com a Palavra são perversos.
E você provavelmente deve estar pensando: "Ah! Mas falar isso é muito fácil, quero ver na prática!" Eu concordo com você! Na prática é realmente muito difícil, por isso vida com Deus exige gasto de energia, exige luta constante contra nós mesmos, contra os nossos mais queridos e estimados bens e sonhos. Em Mateus 6:24 diz claramente que ninguém pode servir a dois senhores. No texto diz sobre servir às riquezas, mas o que entendo é que não podemos servir a Deus e a nós mesmos ao mesmo tempo.

Devemos viver para juntar tesouros no céu (Mateus 6:20)! Mas como nos esquecemos disso facilmente, e priorizamos os tesouros terrenos. E por tesouros não digo de dinheiro especificamente; entendo que por "tesourso" tem-se também fama ("o(a) mais popular da escola", "o(a) pegador(a)"), nossos tão prezados relacionamentos que nos levam ao pecado; a Bíblia nos diz "Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mateus 6:21). Se você prioriza coisas tesouros humanos não celestiais, seu coração não está em Deus, logo você não é Dele. Simples assim.

Volto a repetir: vida com Deus não é de graça, exige sacrifícios. "Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer um que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo" (Lucas 14:26-27). E a pergunta é: Quanto estamos dispostos a nos sacrificar para sermos filhos de Deus? Deus entregou seu próprio Filho, Jesus deu sua própria vida por nós, e quão costumeiras são nossas desculpas para não largarmos mão de coisas imbecis e inúteis que damos tanto valor.

"Ah! Mas se eu for viver a risca tudo que Deus exige, eu não vou ter nada! O quê que meus amigos vão pensar?" Sim. É possível até que você fique sozinho. Talvez o que Jesus ensina nessas próximas palavras logo abaixo, sirvam de motivo pra você parar de dar tanta importância pra sua vidinha e para as coisinhas tão preciosas pra você, e começar a se importar com o que realmente IMPORTA.

"Bem aventurados sois quando, por minha causa, voz injuriarem, e voz perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós." (Mateus 5:11)

"Respondeu-lhe Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus, que não receba, no presente, muitas vezes mais e, no mundo por vir, a vida eterna." (Lucas 18:29-30)

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Mente cheia, oficina do diabo


Um ditado mais do que conhecido é “mente vazia oficina do diabo”. Estive pensando nesse ditado, e cheguei à conclusão que o correto mesmo é falar que a mente cheia é que é a oficina do tinhoso.
Uma mente na qual só se ache pensamentos impuros, ou que esteja sempre de planejando o pecado enfim, uma mente que esteja se ocupando de qualquer coisa que não se encaixe na proposta que se coloca aos cristãos, que é a de ter a mente de cristo, essa sim é uma mente própria a se tornar uma oficina do diabo, não por estar vazia, mas por estar cheia de coisas que são opostas à vontade de Deus.

Em Efésios 4:26-27, Paulo fala aos irmãos que não alimentassem a ira. Na bíblia “A Mensagem” está escrito assim:

“É normal ficar com raiva. É claro que todos sentem raiva. Mas não alimentem vingança no coração. Não deixem que a raiva domine muito tempo. Resolvam o problema antes de dormir. Não dêem mole para o diabo! Não deixem que ele prejudique a vida de vocês.”

Por esse texto a gente pode pegar como exemplo de algo que pode deixar nossa mente cheia de coisas que podem servir como ferramentas nessa oficina do diabo.
O que o texto fala é que todos nós sentimos raiva e que isso é normal, afinal de conta somos humanos, e graças a Deus temos sentimentos. A questão está em não ficar dando corda para esses sentimentos e/ou pensamentos que podem atrapalhar nosso relacionamento com as pessoas e com Deus.

Em João 3:30, João Batista vai dizer: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”. É preciso que Cristo cresça em nós, que a mente de Cristo seja a nossa mente. João Batista teve um papel importante na história, mas o que se destaca é que ele não se deixou levar por isso, não permitiu que a vaidade e os pensamentos egóicos tomassem conta de sua mente, o que o levou a dizer “É necessário que Ele cresça e que eu diminua”. Quantas vezes nos esquecemos disso, e nossa mente se torna repleta de idéias egoístas, e nosso ego se infla e passamos a ser guiados pelas nossas próprias vontades. Não é preciso nem dizer que uma mente entupida de carne e não espírito é uma mente cheia propícia a ser uma oficina do diabo.

Não obstante a tudo isso, também é fato de que é possível que uma mente cheia seja oficina de Deus. Uma mente cheia da Palavra de Deus, uma mente guiada pelo Espírito Santo, uma mente que esteja cheia de vontade de seguir apenas a vontade de Deus, e não a vontade da carne, essa sim é uma oficina de Deus, na qual Ele pode encontrar ferramentas para usá-lo quando, como e onde Ele quiser.

Que nosso oração constante seja semelhante a do salmista, quando este diz: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Sl. 51:10).

Inté mais minha gente...